A escola deve ser um lugar para todos

A escola deve ser um lugar para todos

sábado, 12 de dezembro de 2009

Importante.

Informações importantes

O funcionamento visual de um indivíduo portador de visão subnormal está relacionado com a maior ou menor capacidade para utilizar o resíduo visual na realização de tarefas cotidianas. A avaliação do funcionamento visual determina como um indivíduo usa a visão residual. Deve indicar a implicação de aspectos emocionais e cognitivos junto à baixa visual no desempenho escolar, nas atividades profissionais e na vida cotidiana.
A habilidade visual depende não apenas da doença ocular, mas também, da eficácia do uso da visão. Por esse motivo não há "receitas" de atuação e nem é possível fazer generalizações na avaliação desses indivíduos.
No que diz respeito aos alunos portadores de visão subnormal, a avaliação funcional deverá ser realizada inicialmente de modo informal, observando-se o desempenho visual e recolhendo todas as informações que a família e os professores possam fornecer. De posse dessas informações, deverá ser realizada a avaliação formal com a utilização de métodos clínicos. O resultado dessa avaliação funcional vai fornecer as informações essenciais à inclusão do deficiente visual no sistema regular de ensino.
A atual política nacional de educação está baseada nos princípios da inclusão e igualdade de condições para o acesso e permanência do aluno portador de deficiência na escola comum, mas para que isso aconteça da melhor maneira possível, é necessário que todos nós estejamos empenhados neste processo!!!



Lembrando
Para que o aluno com visão Subnormal não seja prejudicado em suas atividades os professores regente e de recurso/apoio devem trabalhar sempre em sintonia no intuito de desenvolverem um bom trabalho.
No que diz respeito ao desenvolvimento de atividades dentro de sala de aula que necessite de materiais escritos, é interessante que com a maior antecedência possível, o regente repasse cópias destes materiais ao professor da sala de recursos/apoio para que ele possa adaptar conforme a necessidade da criança com deficiência além de poder localizar ledores, se for o caso.
O aluno deficiente da visão geralmente precisa de tempo extra (um tempo e meio é considerado aceitável) para completar tarefas e exames. Pode-se permitir que o aluno complete o trabalho na sala de recursos ou na biblioteca da escola. Quando o aluno deficiente visual desenvolver habilidades adaptativas, suas expectativas em relação a ele devem aproximar-se da que tem em relação aos outros alunos.
Embora possa estar usando folhas de resposta para o resto da turma quando estiver dando um teste, pode ser mais fácil para a criança de visão subnormal responder diretamente na folha do teste. Folhas-respostas com questões de múltipla escolha em quadrados ou parênteses para serem preenchidos podem causar problemas ao aluno de visão subnormal. Substituir por uma folha de resposta na qual o aluno circunde a letra correta a, b, c ou d, geralmente elimina o problema, mas, o mais correto mesmo é, antes de um período de prova, consultar o aluno deficiente da visão e o professor da sala de recursos/apoio para saber qual o melhor método a ser usado com esta criança.
Os alunos com Visão subnormal deverão ser capazes de ler e escrever corretamente no, portanto, deve-se evitar aplicar exames orais, a menos que não haja outro modo para testá-los. É geralmente aconselhável consultar o professor de recursos/apoio para determinar a modalidade mais apropriada de leitura e escrita do aluno, assim como para estabelecer formas alternativas.

Retirado do blog: http://www.uniblog.com.br/visaosubnormal_posse_go/

O funcionamento visual de um indivíduo portador de visão subnormal.

O funcionamento visual de um indivíduo portador de visão subnormal está relacionado com a maior ou menor capacidade para utilizar o resíduo visual na realização de tarefas cotidianas. A avaliação do funcionamento visual determina como um indivíduo usa a visão residual 1. Deve indicar a implicação de aspectos emocionais e cognitivos junto à baixa visual no desempenho escolar, nas atividades profissionais e na vida cotidiana 2.
Conforme pesquisas realizadas, constata-se que indivíduos portadores de visão subnormal se diferenciam na habilidade de utilizar a visão. A habilidade visual depende não apenas da doença ocular, mas também, da eficácia do uso da visão. Por esse motivo não há fórmulas mágicas de atuação e nem é possível fazer generalizações na avaliação desses indivíduos.
No que diz respeito aos alunos portadores de visão subnormal, a avaliação funcional deverá ser realizada inicialmente de modo informal, observando-se o desempenho visual e recolhendo todas as informações que a família e os professores possam fornecer. De posse dessas informações, deverá ser realizada a avaliação formal com a utilização de métodos clínicos 3. O resultado dessa avaliação funcional vai fornecer as informações essenciais à inclusão do deficiente visual no sistema regular de ensino. A atual política nacional de educação está baseada nos princípios da inclusão e igualdade de condições para o acesso e permanência do aluno portador de deficiência na escola comum 4.
Ao freqüentar a escola comum, o escolar portador de visão subnormal pode encontrar dificuldades no processo educativo pelo fato de não existirem recursos materiais e humanos apropriados. Os materiais convencionais para a escrita e leitura nem sempre suprem as necessidades visuais. A não utilização de contrastes, bem como a ausência ou excesso de iluminação, podem ser fatores prejudiciais ao desempenho visual, gerando fadiga visual. Como conseqüência dessas situações, o escolar não recebe estímulo para a utilização do potencial visual e poderá estar fadado ao fracasso escolar 5.
Faz-se necessário, portanto, realizar a avaliação clínica-educacional do portador de visão subnormal e seus resultados devem ser transmitidos aos professores, norteando sua atuação junto a esses alunos.
Em geral, professores do ensino fundamental não recebem em seus currículos de formação preparo especial para lidar com alunos deficientes visuais. Por essa razão, sentem-se despreparados e, na prática, solicitam informações sobre a capacidade visual e necessidades do escolar portador de visão subnormal.
Considerando essa problemática, foi realizada pesquisa junto a professores do ensino fundamental de escolas públicas municipais e estaduais da cidade de Campinas, com os objetivos de verificar auto-avaliação do preparo e a necessidade de orientações entre professores do sistema regular de ensino, para atuarem junto a alunos portadores de visão subnormal e obter informações para subsidiar treinamento de professores do sistema regular de ensino na área da deficiência visual. Os dados obtidos podem subsidiar o planejamento de ações interativas, referente à inclusão efetiva desses alunos em escola comum.
SUGESTÕES
1. É necessário que o oftalmologista esteja consciente do seu papel e da necessidade da orientação ao professor do aluno portador de visão subnormal. O intercâmbio entre o oftalmologista e os profissionais que atuam na área da educação, vai auxiliar o processo educacional.
2. Incentivar a capacitação de recursos humanos envolvidos no processo educacional do aluno portador de visão subnormal.
2. 1. Professores do ensino regular:
- Orientação inicial, por meio de relatório do serviço oftalmológico sobre o aluno portador de visão subnormal, contendo dados aplicáveis à situação da sala de aula, encaminhados preferencialmente no início do ano letivo.
- Orientação continuada sobre o aluno portador de visão subnormal, fornecida pelo serviço oftalmológico, principalmente em situações que houver alterações visuais ou em relação ao uso de óculos, recursos ópticos ou recursos não ópticos.
- Fornecimento de literatura especializada sobre a deficiência visual, enfatizando os aspectos relativos ao aluno portador de visão subnormal.
- Cursos de curta duração.
2.2. Preparo do aluno portador de visão subnormal para a inclusão educacional:
- Avaliação em serviços especializados, contemplando os aspectos clínicos e educacionais, uso da melhor correção, utilização do resíduo visual e necessidade de indicação de recursos ópticos e não ópticos.
2.3. Preparo da família
- Orientação provida por serviço especializado em relação às possibilidades e necessidades visuais do aluno portador de visão subnormal.
3. Adaptações de materiais e modificações ambientais.
REFERÊNCIAS
1. Carvalho KMM, Gasparetto MERF, Venturini NHB, Melo HFR. Pedagogia em visão subnormal. In: Castro DDM, editor. Visão subnormal. Rio de Janeiro: Cultura Médica; 1994. p. 155-63.
2. Corn AL. Visual function: a model for individuals with low vision. J Vis Impairment Blindness 1983;77:373.
3. José RT. Vision subnormal. Madrid: ONCE; 1988.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Uma bela reflexão.

DEFICIÊNCIAS - Mario Quintana (escritor gaúcho 30/07/1906 - 05/05/1994)

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras
pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos
para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão.
Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser
miserável, pois:

"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre. "

Para ver vídeo clique aqui.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Filmes interessantes sobre portadores de deficiência

Sites interessantes:

http://www.acessobrasil.org.br
http://www.ibc.gov.br
http://www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br

Acessem e confiram.Segue uma lista de filmes sobre pessoas com deficiência.Retirado do site: http://www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br

A Cor do Paraíso
Gênero: Drama


A Cor do Paraíso narra a comovente e bela história de Mohammad, um menino cego de nascença que freqüenta uma escola para cegos em Teerã.



Sinopse:
Nas férias, Mohammad volta para seu vilarejo nas montanhas, aonde vai junto da família ao norte do país. Da avó e irmãs, recebe carinho e atenção. Do pai, ganha desprezo e ressentimento. Mohammad é um garoto muito vivo que tem uma enorme sensibilidade e no contato com a natureza descobre coisas novas iniciando o seu amadurecimento. O seu jeito simples de ver o mundo é uma lição de vida.



Sempre Amigos
Gênero: Drama


Amizade; menino com doença degenerativa, inteligente x menino com dificuldade de aprendizagem.

Sinopse:
Maxwell Kane (Elden Henson) é um garoto de 14 anos que tem dificuldades de aprendizado e vive com seus avós desde que testemunhou o assassinato de sua mãe, morta pelo marido. Quando Kevin Dillon (Kieran Culkin), um garoto que sofre de uma doença que o impede de se locomover, se muda para a vizinhança eles logo se tornam grandes amigos. Juntos vivem grandes aventuras, enfrentando o preconceito das pessoas à sua volta.



Oitavo Dia
Gênero: Drama


Síndrome de Down, busca da felicidade e inclusão.

Sinopse:
Harry (Daniel Auteuil) é um empresário estressado, que trabalha no departamento comercial de um banco belga e foi abandonado por sua esposa e filhas há pouco tempo. Deprimido, ele se dedica ao trabalho durante os sete dias da semana. Até que um dia ele decide vagar pelas estradas da França, sem rumo definido. Após quase atropelar Georges (Pascal Duquennes), que sofre de síndrome de Down, Harry decide levá-lo para casa, mas não consegue se desvencilhar dele.



Gilbert Grape, Aprendiz de Sonhador
Gênero: Comédia e Drama


Um filme cheio de momentos inesquecíveis que o tornam poético, sensível, divertido, inteligente e acima de tudo emocionante.

Sinopse:
História de uma família que vive em Endora, uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos onde Gilbert Grape (Johnny Depp) carrega o peso de sustentar toda sua família, pois sua mãe após a morte do marido passa os dias sem se levantar do sofá, somente comendo... comendo e comendo, pesando 250 quilos. Arnie (Leonardo Di Caprio) é seu irmão menor um deficiente mental que teima em subir na perigosa e alta caixa d água da cidade e por quem Gilbert tem um carinho especial. Becky (Juliette Lewis) é uma jovem que viaja pelo país num trailer. Uma garota original que surge em sua vida como uma luz no final do túnel, transformando a vida de toda família Grape. Esta história de um rapaz quieto, trabalhador e que guarda para si, apenas algumas poucas alegrias e sonhos.



Ensaio Sobre a Cegueira
Gênero: Suspense


História de uma epidemia de cegueira, inexplicável, que se abate sobre uma cidade não identificada.

Sinopse:
Conta a história de uma inédita epidemia de cegueira, inexplicável, que se abate sobre uma cidade não identificada. Tal "cegueira branca" - assim chamada, pois as pessoas infectadas passam a ver apenas uma superfície leitosa - manifesta-se primeiramente em um homem no trânsito e, lentamente, espalha-se pelo país. Aos poucos, todos acabam cegos e reduzidos a meros seres lutando por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. À medida que os afetados pela epidemia são colocados em quarentena e os serviços do Estado começam a falhar, a trama segue a mulher de um médico, a única pessoa que não é afetada pela doença.



O Milagre de Anne Sullivan
Gênero: Drama


Anne Sullivan é a mulher que dedica sua vida a tentar ensinar uma garota cega e surda a se comunicar com o mundo.

Sinopse:
A incansável tarefa de Anne Sullivan (Anne Bancroft), uma professora, ao tentar fazer com que Helen Keller (Patty Duke), uma garota cega, surda e muda, se adapte e entenda (pelo menos em parte) as coisas que a cercam. Para isto entra em confronto com os pais da menina, que sempre sentiram pena da filha e a mimaram, sem nunca terem lhe ensinado algo nem lhe tratado como qualquer criança.



O Óleo de Lorenzo
Gênero: Drama


Doença degenerativa, obstinação familiar.

Sinopse:
Um garoto levava uma vida normal até que, aos seis anos, ele passa a ter diversos problemas de ordem mental, que são diagnosticados como ALD, uma doença extremamente rara e que provoca uma incurável degeneração no cérebro, levando o paciente à morte em no máximo dois anos. Os pais do menino ficam frustrados com o fracasso dos médicos e a falta de medicamento para uma doença desta natureza. Assim, começam a estudar e a pesquisar sozinhos, na esperança de descobrir algo que possa deter o avanço da doença.



Uma Lição de Amor
Gênero: Drama


É a comovente história de Sam Dawson (SEAN PENN), um pai com deficiências mentais que cria sua filha Lucy (DAKOTA FANNING) ajudada por um grupo de amigos bem especial.



Sinopse:
"Uma Lição de Amor" é a comovente história de Sam Dawson (SEAN PENN), um pai com deficiências mentais que cria sua filha Lucy (DAKOTA FANNING) ajudada por um grupo de amigos bem especial. Ao completar sete anos de idade, Lucy começa a ultrapassar seu pai intelectualmente, e a forte ligação existente entre os dois é ameaçada quando uma assistente social decide que a menina deve ir viver com uma família adotiva.



Rain Main
Gênero: Drama


Com a morte de seu pai, Charlie Babbitt (Tom Cruise), descobre que tem um irmão autista mais velho num hospital psiquiátrico.

Sinopse:
Conta a história de Charlie Babbitt, um jovem que viaja à um hospital psiquiátrico para tentar descobrir quem é o beneficiário da fortuna que seu pai deixara ao falecer, já que para Charlie ele deixara apenas rosas premiadas e um carro. Ao chegar ao hospital, Charlie descobre que o beneficiário é Raymond, um irmão mais velho autista de quem nunca ouvira falar. Para garantir o dinheiro da herança, Charles se aproxima de Raymond, disposto a brigar judicialmente pela guarda legal do irmão. Os dois então viajam pelo país, conhecendo-se e aprendendo a conviver, e passando por inúmeras dificuldades. Aos poucos, o laço entre os dois irmãos ganha força e o dinheiro deixa de ser importante.



Perfume de Mulher
Gênero: Drama


Al Pacino interpreta o papel de um tenente-coronel cego e já reformado, que contrata um jovem (Chris O’Donnell) para que o ajude a conquistar uma atraente mulher (Gabrielle Anwar).

Sinopse:
Al Pacino, ganhou o seu primeiro Óscar de Melhor Actor com esta magnífica actuação, onde interpreta o papel de um tenente-coronel cego e já reformado, que contrata um jovem (Chris O’Donnell) para que o ajude a conquistar uma atraente mulher (Gabrielle Anwar). Este é um filme surpreendente e com um invulgar argumento, onde os opostos se atraem, quando os três embarcam num alucinante fim de semana que lhes irá mudar a vida para sempre.
O filme acompanha os dois durante o fim de semana, quando situações emocionantes os ensinam sobre os relacionamentos e significados da vida.



Janela da Alma
Gênero: Documentário


Documentário brasileiro que análise a importância do olhar para quem possui problemas de visão.


Sinopse:
Dezenove pessoas com diferentes graus de deficiência visual, da miopia discreta à cegueira total, falam como se vêem, como vêem os outros e como percebem o mundo. O escritor e prêmio Nobel José Saramago, o músico Hermeto Paschoal, o cineasta Wim Wenders, o fotógrafo cego franco-esloveno Evgen Bavcar, o neurologista Oliver Sacks, a atriz Marieta Severo, o vereador cego Arnaldo Godoy, entre outros, fazem revelações pessoais e inesperadas sobre vários aspectos relativos à visão: o funcionamento fisiológico do olho, o uso de óculos e suas implicações sobre a personalidade, o significado de ver ou não ver em um mundo saturado de imagens e também a importância das emoções como elemento transformador da realidade ­ se é que ela é a mesma para todos.





De Porta em Porta
Gênero: Drama


Um homem com paralisia cerebral consegue um emprego como vendedor, tendo que ir de porta em porta para vender os produtos da empresa para a qual trabalha.


Sinopse:
Traz a dramática e verídica história de William H. Macy que interpreta Bill Porter, um homem que ganha à vida de uma maneira não tão usual. Ele é vendedor e vai até a casa das pessoas para conseguir ganhar seu dinheiro. A vida de Porter seria normal e tranqüila se não fossem alguns empecilhos... Ele é um homem de ambição e sonha com uma carreira profissional. Uma que lhe desse méritos e pela qual sentissem orgulho dele. O grande problema é que esse humilde vendedor sofre de uma doença cerebral, o que o impediu de realizar alguns objetivos.



Simples como Amar
Gênero: Drama


A vida de dois deficientes que buscam autonomia e viver juntos e obtém respeito familiar.

Sinopse:
Quando a jovem Carla Tate (Juliette Lewis) se forma na escola preparatória que freqüentou desde pequena por conta de um problema mental, ela só espera ser aceita pela sociedade e conseguir viver de forma independente. No entanto, permitir que Carla viva de forma independente não seja algo que sua família, temerosa em relação ao seu bem estar, esteja disposta a permitir. Além de tudo, Carla acaba se apaixonando por Daniel (Giovanni Ribisi), um jovem que tem problemas mentais semelhantes e com quem ela quer se casar, provando que amar é mais simples do que qualquer outra coisa.



Gaby uma Historia Verdadeira
Gênero: Drama


Baseado em fatos reais. Exemplo admirável de pessoa que, enfrentando todas as dificuldades e limitações físicas, conseguiu superar os obstáculos.

Sinopse: Apesar de inteligente e lúcida, Gaby Brimmer (Rachel Chagall) nasceu com problemas neurológicos que limitam drasticamente o controle sobre seu corpo. Sem jamais ter conseguido andar, falar ou mexer as mãos, Gaby torna-se famosa ao escrever um livro usando o pé esquerdo e uma máquina de escrever elétrica.


Feliz Ano Velho
Gênero: Drama


Baseado em história real, ocorrida com Marcelo Rubens Paiva, filho do ex-deputado Rubens Paiva, preso e assassinado durante o regime militar.


Sinopse:
Baseado no livro (e na história real) do escritor Marcelo Rubens Paiva. A trama fala de Mário (Marcos Breda), um jovem estudante que dá adeus à sua adolescência ao mergulhar e bater a cabeça em uma pedra no fundo de um lago tornando-se tetraplégico. Preso à sua cadeira de rodas, o que parecia difícil fica pior e o rapaz, diante do que parecia o fim, começa a reviver e resgatar momentos importantes de seu passado, até descobrir uma nova força em sua vida.



Uma janela para o céu
Gênero: Drama


Baseado na história real de Jill Kinmont.


Sinopse:
Trata-se de história passada em 1955, quando a jovem Jill, então com 18 anos de idade, revela-se um enorme talento para o esqui e aposta certa para vencer os Jogos Olímpicos de Inverno de 1956. Mas acontece uma fatalidade: Jill por pouco não perde a vida após uma queda brutal na neve, mas fica paralisada do pescoço para baixo. Ainda que esteja impedida de praticar esportes para sempre, Jill agora tem outra batalha: viver e conviver com sua deficiência. Para isso ela vai contar com a ajuda de amigos, dos pais e parentes.

domingo, 6 de dezembro de 2009

NOME DO GRUPO E FORMAÇÃO DO GRUPO?
GRUPO A- UM NOVO OLHAR PARA A DEFICIENCIA VISUAL
Componentes: Adriana de Menezes Oliveira
Andréa M.B.Vernier
Claudia M. C. Baldi
Clair Isabel C. dos Santos
Claudia K. Meinke
2- COORDENADOR: Clair I. Costa dos Santos

3- Comunicação :
Será realizada no ambiente virtual de aprendizagem, através dos fóruns e do site de comunicação MSN.

4- Como se dará a sistematização de elaboração?
Cada integrante do grupo fará sua colaboração e disponibilizará, com as devidas fontes para consulta integral, as demais pessoas do grupo. Um elemento fará a estruturação do texto contendo todas as idéias.

1º Considere que esse aluno está começando seu ano letivo
A adaptação de um aluno com visão subnormal e deficiências cognitivas, precisa dar-se dar em todos os campos:
Conhecimento do professor da situação real do aluno, através de conversas com a família, situação em escolas anteriores e contato com profissionais que o acompanham no processo( médicos, psicólogas, psicopedagogas, professores, etc)
Diagnóstico de recursos pedagógicos necessários ao processo.
Diálogo franco com a turma de alunos onde será inserido, assim como diálogo com todos os pais e comunidade escolar envolvidas no processo.
O objetivo trata de estruturar a sala e as aulas de forma a se estimular a utilização plena do potencial de visão e sentidos.
2º Perfil, idade, série, sexo, dificuldades específicas, deficiência
Aluno de quarta série do ensino fundamental, sexo masculino, visão subnormal, deficiência cognitivas em interpretar e raciocínio lógico para questões matemáticas.
3º Incluir outras questões relevantes( adaptação à sala, Adaptações físicas da sala...)






RECEBENDO O ALUNO COM DV E DIFICUDADES COGNITIVAS

ESTRUTURA FÍSICA:
- O aluno com DV precisa de fácil acesso a sala (corrimão indicativo), para sua independência.
- Sala de aula sem nada que possibilite seu desequilíbrio(mesas fora de lugar, quadro com reflexo de luz, cortinas).
- Computador com tecnologias assistivas ideais a sua deficiência. Programa DOSVOX
- Algumas vezes há a necessidade de sintetizadores de voz, teclado Braille, mouse, programas de aumento de caracteres, lupas.
- Pesquisa antecipada(pelo professor) de softwares e sites com acessibilidade.
- Material amplo com letras ideais( sem incidência de luz, tamanhos grandes).
-Banheiros adaptados (torneiras com sensor, pisos antiderrapantes, vasos de fácil louças de fácil acesso).

RECEPTIVIDADE:
Um diálogo anterior com a comunidade escolar, a exposição franca da limitação e das necessidades do aluno.

Recursos humanos:
Aceitar com tranqüilidade o aluno com DV, através de exposição franca com a comunidade escolar, e dialogo franco que todos juntos tentarão vencer as dificuldades do processo.
Trabalho sobre a auto estima e superação da indiferença.
O professor deve estar preparado e ter auxilio de um monitor para tarefas que exijam atendimento ao aluno( muitas vezes o monitor acaba com os outros e o professor com o dv)
Professor com conhecimento do Braille( se a dv é grave) e do sorobã.

Recursos pedagógicos:
Livros com letras grandes
Cadernos com as pautas maiores
Lentes de aumento
Livros especializados
Material diverso em Braille
Material manipulativo diversos
Softwares ideais
Sites com acessibilidade
Programa de teste de acessibilidade(http://www.acessibilidade.net/at/kit2004/computador.htm)


Ferramentas de acessibilidade ( sintetizadores, teclados, mouses, instrumentos de aumento,
impressoras especiais).




Um Novo Olhar para os Deficientes Visuais

A chegada do filho com alguma deficiência na família, sempre dá lugar a muitos medos e sentimentos diversos. A família que, após o choque inicial, procura meios de inserir o deficiente na sociedade, de forma a torná-lo mais independente e próximo do mundo que julga ideal, depara-se com muitas dificuldades.
Estamos em um país que tem problemas de saúde e dificuldade em atender muitos de seus doentes.
É importante a verificação precoce do diagnóstico e ações concretas a partir de então.
- A criança deve ser estimulada desde cedo com brinquedos sonoros, coloridos e agradáveis ao tato.
- Deve ter treinada a sua visão subnormal para melhorar sua eficiência visual.
- É de suma importância que se estabeleçam com a criança laços afetivos, sem estar segura e aceita, não há aprendizado.
- O desenvolvimento perceptivo motor estabelecerá a forma como vai apreender conceitos. O estímulo dos sentidos(olfato,paladar,tato,audição), o estímulo a atividades coordenativas motoras.
- A aquisição da linguagem como forma de comunicar-se com o mundo, como vai expressar essa internalização dos sentidos, conhecimentos, anseios característicos da infância, permitem
que estabeleçam relações mais plenas com seus cuidadores..
- O conceito de eu e objeto, como interação com o que a cerca.
Algum caminho já foi percorrido até nossos dias, para que finalmente pudéssemos entender que qualquer deficiente deseja o mesmo que nós: ser avaliado a partir das potencialidades e não a partir das limitações.
Sabe-se da importância da alfabetização, estando alfabetizados portas se abrem mais facilmente e o mundo pode ser melhor explorado. O método Braille, código tátil que permitiu o resgate da cidadania através da possibilidade de cegos ou deficientes visuais se alfabetizarem, trouxe o resgate da cidadania, a facilitação de uma linguagem que tira do isolamento cultural.
O sorobã permite aprendizado matemático, de forma simples, permite operações através do manuseio de algumas peças.
A adaptação curricular e alguns programas como o DOSVOX tem mostrado que a tecnologia pode quebrar o isolamento do DV. É um programa de acesso gratuito, desenvolvido pela UFRGS, constantemente aprimorado e que permite ferramentas assistivas na sua maioria..
“ O olhar dos próprios especialistas e educadores da área evoluiu a partir do modelo
médico de deficiência ( segundo o qual havia necessidade de “modificar, habilitar, reabilitar,
educar” as pessoas com deficiência) ao modelo social da deficiência, que hoje se consolida no sentido de modificar a sociedade(escolas, serviços, ambientes físicos, empresas, etc) para estar apta a acolher todas as pessoas, tenham necessidades especiais ou não, buscando um mundo para todos... O contato e uso de ferramentas Informáticas para algumas pessoas pode ser opcional e casual, para outras, necessária, mas para outras ainda, é imprescindível, abrindo-lhes portas, ou talvez apenas janelas, para um convívio mais respeitoso e satisfatório com seus semelhantes.”(santarosa,2000)
A produção de materiais para DV, é imensa, já os investimentos de politicas públicas não o são. A lei de acessibilidade garante que sites estejam adaptados para o uso por todo DV, mas o alto custo dos sintetizadores de voz, teclados especiais, mouses ou acessos no geral com qualquer tecnologia assistiva é ainda alto.
O Brasil é um dos países signatários da declaração, que foi publicada pela ONU a partir de 1994.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA
Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas
Especiais
• toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade
de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem,
• toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de
aprendizagem que são únicas,
• sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais
deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade
de tais características e necessidades,
• aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola
regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança,
capaz de satisfazer a tais necessidades,
• escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais
eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades
acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para
todos; além disso, tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das
crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de
todo o sistema educacional.

Os sites precisam permitir acessibilidade.O programa de verificação de acessibilidade automático pode ser encontrado no


http://www.acessibilidade.net/at/kit2004/computador.htm

também na Internet tem alguns programas que permitem e orientam o teste manual.
Não nos bastam leis quando nos falta preparo. Não existe inclusão sem aceitação sem comprometimento de todos os envolvidos no processo.
Define-se como visão subnormal:
Visão subnormal ou baixa visão é um comprometimento da função visual que impossibilita uma visão útil para os afazeres habituais, mesmo após tratamento e/ou correção dos erros refrativos comuns como uso de óculos, lentes de contato ou implante de lentes oculares.

Considera-se com visão subnormal a pessoa que apresenta 20% ou menos do que chamamos visão normal (AV 20/20) . Este problema pode ser acompanhado de uma alteração do campo visual, ou seja, a pessoa pode enxergar como se estivesse vendo por dentro de um tubo (ausência ou diminuição da visão periférica) ou com uma mancha escura na parte central da visão quando a pessoa tenta fixá-la em um objeto (ausência ou diminuição da visão central).

A visão subnormal não deve ser confundida com a cegueira, pois o portador de visão subnormal tem uma visão útil e é capaz de ler tipos impressos ampliados com auxílios ópticos, que são aparelhos especiais que ampliam consideravelmente a visão.

Segundo a Sociedade Brasileira de Visão Subnormal, 70 a 80% das crianças diagnosticadas como cegas possuem alguma visão útil. Em países em desenvolvimento a prevalência de cegueira infantil é de 1 a 1,5 para cada mil crianças. A prevalência de visão subnormal é três vezes maior (estimativa da Organização Mundial de Saúde - OMS).

As causas mais comuns da visão subnormal em crianças são congênitas (presentes no nascimento) como nos casos de corioretinite macular por toxoplasmose, catarata congênita, glaucoma congênito, atrofia congênita de Leber e outras. A prematuridade também pode gerar deficiência visual e desencadear visão subnormal.
A visão subnormal pode diferenciar-se segundo a época do aparecimento (logo após o nascimento, ou adquirida ao longo da vida). As pessoas que nascem com este problema têm diferentes necessidades em relação àquelas que a desenvolvem mais tarde.

Existem dois tipos de visão subnormal; a que reduz a visão central e a que reduz a visão periférica. A visão central reduzida é a diminuição da visão dos detalhes e é o tipo mais comumente encontrado. Já a visão periférica reduzida pode apresentar-se como redução ou perda da visão de cores, incapacidade de o olho ajustar-se à luz, contraste e brilho; problemas presentes em pessoas com glaucoma ou retinose pigmentaria.

Dificuldades de aprendizagem da criança com deficiência visual
De acordo com Layton e Lock (2001), quando ocorrem falhas no desempenho da criança deve ser investigada a origem desse mau desempenho e considerada a possibilidade da ocorrência de um processo problemático interno como indicativo de uma dificuldade de aprendizagem. Pelo fato das dificuldades acadêmicas de crianças com deficiência visual poderem não ser atribuídas imediatamente a uma dificuldade de aprendizagem, para os autores, as dificuldades de aprendizagem dessa criança são geralmente negligenciadas por diversas razões:
a. enquanto que a deficiência visual é diagnosticada precocemente, as dificuldades de aprendizagem se tornam aparentes somente nos níveis elementares de ensino;
b. a dificuldade de aprendizagem da criança com deficiência visual é por vezes confundida com o baixo funcionamento visual;
c. a incapacidade visual é mais facilmente observada do que a dificuldade de aprendizagem;
d. padrões de aprendizagem atípicos podem ser facilmente negligenciados;
e. a natureza fisiológica da deficiência visual pode ser mais prontamente aceita do que o rótulo obscuro da dificuldade de aprendizagem, que é mais aceitável para os níveis escolares mais baixos e pode ser explicado por uma falha escolar.
Ainda com relação ao desenvolvimento cognitivo da criança com deficiência visual, para Ferrel (1996) a deficiência em si não afeta o que a criança é capaz de aprender cognitivamente, mas sim como a criança irá aprender. A criança com deficiência visual pode apresentar problemas em várias áreas do desenvolvimento cognitivo, incluindo a categorização, noção de objeto permanente e a aprendizagem.
Segundo Cunha e Enumo (2003), a atividade de categorização para a criança com deficiência visual é mais difícil que para criança vidente, em função dela não poder alcançar as semelhanças e diferenças dos objetos do ambiente através do canal visual.
A noção de permanência de objeto, ou seja, a noção de que algo continua a existir mesmo longe da percepção imediata, é bastante complexa para a criança com deficiência visual. Devido ao fato de não poder depender de sua visão para obter informação sobre o que acontece com as coisas, somente irá perceber que algo ainda existe no ambiente quando ouvi-lo ou tocá-lo.
Cunha e Enumo (2003) afirmam que as crianças com deficiência visual aprendem a construir suas representações mentais, por uma imagem ou idéia de algo que elas não tenham uma experiência sensorial completa. O tema da aprendizagem da criança com deficiência visual é uma das preocupações de Vygotski ao abordar a teoria dos processos compensatórios.
Ainda com relação ao desenvolvimento cognitivo da criança DV, para
Ferrel (1996) a deficiência em si não afecta
cognitivamente, mas sim o
a criança DV pode apresentar problemas em várias áreas do desenvolvimento
cognitivo, incluindo a categorização, a noção de objecto permanente e a
aprendizagem.
A actividade de categorização para a criança DV é mais difícil do que para
a criança normal. Nessa última, a aprendizagem de categorias se inicia pela
escolha e ordenação de objectos e pessoas pelos seus atributos físicos (forma e
cor), para posterior ordenação dos mesmos em termos de grupos, função e
associação. A concepção do problema da deficiência tem dois lados. A primeira considera que o único fundamento dos processos compensatórios é a reação subjetiva da personalidade da criança em relação a que se cria em conseqüência da deficiência. Essa teoria pressupõe que a única fonte que origina os processos compensatórios do desenvolvimento é a verdadeira conscientização da própria criança sobre sua insuficiência. A segunda está vinculada ao fato de que os fenômenos de compensação no campo da consciência têm sido estudados mais tarde que em outros campos, portanto, a tarefa consiste em responder como surgem os processos compensatórios quando não estão relacionados com a consciência, onde o déficit da função não pode suscitar o sentimento de inferioridade nem de insuficiência.
Vygotski (1997) afirma que a principal demonstração concreta do destino dos processos compensatórios e dos processos de desenvolvimento em seu conjunto não depende somente do caráter e da gravidade da deficiência, mas também da realidade social da deficiência. O meio é quem direciona o desenvolvimento dos processos compensatórios para a criança com deficiência visual, seja de modo positivo, como também de modo negativo.
Aprendizagem da criança com deficiência visual
No desenvolvimento sócio-afetivo da criança com deficiência visual é importante analisar o fenômeno do apego que a criança apresenta nos primeiros anos de vida e que dependerá da interação entre o adulto e o bebê. Segundo Batista e Enumo (2000), o comportamento de apego se traduz pelos comportamentos de responsividade emocional seletiva para determinadas pessoas, respostas positivas para um grupo restrito de pessoas (geralmente os pais e familiares mais próximos) e respostas negativas para as demais pessoas ("medo de estranhos").
Embora os comportamentos da criança que irão aliciar a reação do adulto (chorar, sorrir e agarrar) não dependerem diretamente da visão, a formação do apego na criança com deficiência visual pode enfrentar dificuldades em função do comportamento do adulto na interação com ela, que pode não ser veiculado adequadamente pelos canais de comunicação perceptíveis para criança, como por exemplo, o auditivo ou táctilo-cinestésico.
Bee (1984) cita um estudo com um grupo de bebês com deficiência visual, que sorriam menos e não mostravam o fitar mútuo. A maioria dos pais desses bebês com deficiência visual, depois de diversos meses, começou a achar que seus bebês os rejeitavam; ou concluíram que os bebês estavam deprimidos. Esses pais sentiam-se menos ligados a seus filhos com deficiência visual do que aos outros filhos.
Podem ocorrer diversas mudanças se a ligação dos pais com a criança não se desenvolver totalmente. No caso das famílias citadas por Bee (1984), as mães cada vez mais evitavam o bebê com deficiência visual, elas supriam as necessidades de cuidado físico, mas deixavam de brincar com os bebês, de tentar aliciar sorrisos ou outras interações sociais.
Contudo, a autora verificou que é possível resolver parte do problema, ajudando as mães a "ler" outros sinais do bebê. O rosto da criança com deficiência visual pode ser relativamente sóbrio e inexpressivo, mas suas mãos e corpo movimentam-se bastante e são bem expressivos.
Quando os pais de crianças com deficiência visual aprendem a responder a esses "comportamentos de ligação" alternativos de seus bebês, a mutualidade do relacionamento pode ser estabelecida. E quando isso acontece e os pais são capazes de proporcionar mais estimulação variada, as crianças com deficiência visual desenvolvem mais comportamentos normais em outros sentidos.
Uma das principais dificuldades que a criança com deficiência visual enfrenta no que se refere ao desenvolvimento cognitivo diz respeito à lacuna na apreensão dos estímulos devido à ausência da percepção visual. É sabido que a percepção visual é o principal canal de veiculação e acesso às informações que serão, posteriormente, utilizadas para construção das representações da criança sobre o mundo. Logo, o papel que a visão desempenha como organizador dos eventos e integradora das informações do ambiente para as demais crianças, não tem correlato na criança com deficiência visual (Recchia, 1977a,b)
No caso da formação de conceitos, a visão tem um papel evidentemente integrador. Por exemplo, a formação de conceitos dependerá da apreensão de diferentes estímulos, sensações táteis, auditivas, olfativas e visuais, que geram informações que, através da visão, serão integradas, estabelecendo, assim, o conceito propriamente dito.
De um modo geral, em relação ao desenvolvimento do pensamento é necessário oferecer à criança com deficiência visual, sistematicamente e de forma planejada, experiências que todas as crianças têm, de modo assistemático e não planejado, quando ela interage em um ambiente rico em experiências (Enumo e Batista, 1999).
Desta forma, mesmo a construção da inter-subjetividade, que tem origem nas experiências sociais compartilhadas, necessitará de adaptações, tanto por parte da criança com deficiência visual quanto por parte do adulto em interação com ela, uma vez que padrões de comportamentos verbais e não verbais não podem ser ensinados incidentalmente.
Segundo um estudo realizado por Ferrell (1996), o autor afirma que os atrasos no desenvolvimento surgem porque uma série de situações de aprendizagem, dependentes da visão, ocorre de forma incidental ou "natural" na maioria das crianças, o que muitas vezes não acontece no desenvolvimento das crianças com deficiência visual.
No caso da criança com deficiência visual, o indivíduo apresenta comprometimento na área sensorial, que é responsável pela representação do mundo: a visão. Contudo, apesar desse comprometimento, a pessoa com deficiência visual deve ser compreendida como um ser integral, ou seja, apesar das influências de sua condição biológica interferirem nas suas relações individuais, não se deve atribuir demasiada importância ao problema visual, com perigo de obscurecer a questão maior que deve ser o real tema de estudo: o sujeito (Cunha, 1996, 2001).

Processos compensatórios da deficiência
Para analisar os processos compensatórios, utilizo os estudos de Vygotski (1997) que, como psicólogo contemporâneo elaborou uma obra completa sobre o tema da deficiência e dos processos compensatórios.
De acordo com Vygotski (1997), o termo superação às vezes é traduzido de forma incorreta. Esta palavra provém da Alemanha que significa guardar, esconder, porém assim como na Alemanha, como na Rússia ela tem dois significados. Quando se diz superação a propósito de uma regularidade orgânica, não significa que deixou de existir, mas que está conservada em alguma parte, que se encontra em segundo plano.
O surgimento do crédito científico acerca dos processos compensatórios valeu-se do princípio orgânico da imunidade para doenças transmissíveis, como fato reconhecido, uma vez que a criança é infectada por uma doença e recupera-se, a mesma estará imune, por muitos anos, contra essa doença, mais protegida inclusive que outras crianças saudáveis que ainda não a sofreram (Vygotski, 1997).
A esse processo orgânico que transforma a doença em saúde denominamos de supercompensação. Segundo Falkenbach (2003), o organismo se constitui como um sistema de órgãos relativamente fechado e internamente unido, que possui uma grande reserva de energia potencial e de forças latentes. Atua nos instantes de perigo como unidade, mobilizando as reservas ocultas de forças acumuladas, concentrando no lugar de risco com maior prodigabilidade as doses de antitóxico que a dose de tóxico que a ameaça.
Compreendeu-se, portanto, que a deficiência transforma-se em um aspecto positivo permitindo abrir um amplo leque de possibilidades para os estudos em educação, psicologia, medicina e demais áreas que atendem a criança com deficiência visual.
Para a educação da criança com deficiência visual é importante conhecer como ela se desenvolve, não é importante a insuficiência, a carência, o déficit, mas a reação que nasce na personalidade da criança, durante o processo de desenvolvimento, em resposta a dificuldade que deriva essa insuficiência.
Tão importante quanto saber que deficiência a pessoa possui é saber qual o grau dessa deficiência. É importante saber não só exatamente que defeitos a criança tem, mas também que
A primeira posição fundamental e concreta que caracteriza o desenvolvimento compensatório é a substituição da função. Trata-se de que as operações psicológicas podem assemelhar-se muito exteriormente, podem conduzir ao mesmo resultado, porém sua estrutura, sua natureza interna, não tem entre si nada em comum (Vygotski, 1997).
Se pensarmos como lê uma criança com deficiência visual ou como começa a falar um surdo-mudo, veremos que na base dessas funções está o princípio de substituição, que permite, por exemplo, falar não somente com ajuda de um único mecanismo, mas também recorrendo a outros mecanismos.
Em todo o desenvolvimento social da criança desempenham um papel decisivo, nos processos de substituição, os recursos auxiliares (a linguagem, as palavras e os signos), mediante aos quais a criança aprende a estimular-se a si própria. De acordo com Vygotski (1997), o papel dos recursos auxiliares, com os quais vai enriquecendo seu desenvolvimento, caracteriza que os processos compensatórios estão submetidos à tese da coletividade como o fator de desenvolvimento das funções psíquicas superiores da criança.
Conforme Vygotski (1997) a conduta coletiva da criança não somente ativa suas funções psicológicas, mas também é a origem de uma forma de conduta completamente nova, a qual surgiu em um período histórico do desenvolvimento da humanidade e que na estrutura da personalidade, se apresenta como função psicológica superior. A coletividade é a fonte do desenvolvimento dessas funções, em particular, da criança com deficiência.
Cada criança está sujeita a diferentes estímulos e reage de maneira diferente a eles. Segundo Falkenbach (2003), o desenvolvimento incompleto das funções superiores está ligado ao desenvolvimento cultural incompleto decorrente da sua exclusão do ambiente cultural e da nutrição precária que o meio social lhe proporciona. Com freqüência as complicações secundárias são o resultado de uma educação incompleta.
Em todos os momentos negativos que caracterizam uma criança com deficiência, não há simplesmente uma passividade no seu processo de desenvolvimento, ou uma deficiência que está presente desde o princípio, a todo o momento a criança é influenciada em seu desenvolvimento, seja por elementos positivos ou negativos. Portanto, vão se acumulando uma série de formações secundárias, que podem tanto seguir uma linha de correção como provocar novas complicações no quadro original.
A deficiência visual, ao criar uma nova e peculiar configuração da personalidade, origina novas forças, modifica as direções normais das funções, reestrutura e forma criativa e organicamente a psique do ser humano. Por este fato, a deficiência visual não é somente um defeito, uma debilidade, mas também, de certo modo, uma fonte de revelação de aptidões, uma vantagem, uma força.
Sacks (2000) vai apresentar o paradoxo da deficiência, ou seja, casos em que a doença favorece o surgimento de capacidades que não existiriam, caso não fosse a presença da deficiência. Assim, não se pode apenas procurar diagnosticar a doença ou a deficiência, mas sim considerar que pessoa possui a doença, uma vez que os elementos sociais e estímulos externos são potencializadores do surgimento de novas capacidades.
Os indicativos sociais e do coletivo, leva a uma compreensão da necessidade de um contexto que ofereça segurança e confiança para as crianças participantes, mais do que isso, que tenha uma característica relacional que provoque nas crianças uma participação entre seus pares videntes, a fim de promover diferentes participações em jogos simbólicos.
Finalmente, a partir da compreensão dos processos compensatórios como fatores que são adquiridos, formados e reequipados a partir do coletivo, torna-se necessário fazer uma revisão nos pressupostos do desenvolvimento da criança com deficiência visual.

Algumas reflexões importantes
O direito da educação fundamenta-se no preceito de que todos devem ter as mesmas possibilidades de desenvolver suas capacidades para alcançar independência cultural, política e econômica e integrar-se plenamente na vida social. O processo de aprendizagem tem que ser permanente, é o desafio de aprender, e de formar seres aptos para a vida social.
A aprendizagem da criança com deficiência visual deverá ser sistematizada e estruturada, de forma que a criança aprenda a informação completa sobre o conceito a ser aprendido. Hall (1981) complementa afirmando que um dos componentes cognitivos que pode ser observado diferente na criança com deficiência visual é a construção de imagens mentais. O desenvolvimento dessas representações mentais deve ser estimulado, já que são partes integrantes do desenvolvimento dos processos cognitivos.
De acordo com os estudos de Vygotski (1997) a deficiência visual cria dificuldades para a participação em muitas atividades da vida social, mas, por outro lado, mantém a principal fonte de conteúdos de desenvolvimento: a linguagem. Ao fazer essas afirmações, o autor concordava com outros autores russos de sua época, para os quais a utilização da linguagem se constituía no principal meio de superar as conseqüências da deficiência visual.
Nessa concepção, a linguagem adquire papel fundamental para o desenvolvimento cognitivo, pois, pensamento e linguagem são processos interdependentes. A linguagem possibilita o aparecimento das imagens mentais, o uso da memória e o planejamento da ação.
O estudo dos processos compensatórios de Vygotski permitiu entender fundamentalmente que:
• a) a literatura acerca das deficiências e, entre elas, a deficiência visual possui um perfil de caracterização, generalização, categorização e determinismo em suas descrições;
• b) os processos compensatórios podem ser possibilidades de avanços nos processos mentais superiores, uma vez que esses são adquiridos e desenvolvidos no meio social;
• c) a criança com deficiência visual precisa conviver no coletivo social, ser estimulada e creditada para aprender a desenvolver suas capacidades de aprendizagem;
• d) os processos compensatórios possibilitam compreender a capacidade para além da deficiência ou, o paradoxo da deficiência, visto que a deficiência carrega consigo as peculiaridades próprias dos avanços e das capacidades de aprendizagem.
Assim, entendemos que a educação de uma criança com deficiência visual pode ser organizada como a educação de qualquer outra criança. A educação pode converter realmente o deficiente visual a uma pessoa normal, socialmente válida, e fazer desaparecer a palavra e o conceito de "deficiente" em relação ao cego (Vygotski, 1997). Com relação ao desenvolvimento cognitivo, Hall (1981) afirma que as
diferenças em tarefas de raciocínio observadas em crianças DV se devem a
ocorrência de diferentes modos de representação, que, por sua vez, resultam em
diferentes habilidades de processamento cognitivo. Durante algum tempo, se
considerou que a criança DV teria um atraso cognitivo; no entanto, isso se deve
ao facto de que, além dos resultados que suportam essas afirmações serem
sustentados por pressupostos do enfoque comparativo, a avaliação cognitiva
dessas crianças era feita com testes verbais elaborados para crianças normais.
Uma das principais dificuldades que a criança DV enfrenta no que se
refere ao desenvolvimento cognitivo diz respeito à lacuna na apreensão dos
estímulos devido a ausência da percepção visual. É sabido que a percepção
visual é o principal canal de veiculação e acesso às informações que serão,
posteriormente, utilizadas para construção das representações da criança sobre
o mundo. Logo, o papel que a visão desempenha como o
rganizador dos
eventos e integradora das informações do ambiente para a criança normal, não
tem correlato na criança com DV (Recchia, 1977).





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O "presente" e o futuro são nossa tarefa.

"A realidade não é , está sendo" (Paulo Freire)